CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
RESOLUÇÃO Nº 13, DE 7 DE ABRIL DE 2010
A Plenária do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), em reunião ordinária realizada no dia 07 de abril de 2010, no uso da competência que lhe conferem os incisos VIII e XIV do artigo 18 Presidente do Conselho da Lei n.º 8.742, de 7 de dezembro de 1993 – Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), resolve:
Art. 1º – Aprovar o Relatório da Execução Orçamentária e Financeira do Fundo Nacional de Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Assistência Social (FNAS), 1º Trimestre de 2010, apresentado pela Diretoria Executiva do Fundo Nacional de Assistência Social (DEFNAS), da Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), planilha anexa.
Art. 2º – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
MARCIA MARIA BIONDI PINHEIRO
NOTA EXPLICATIVA
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA DO FUNDO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL REFERENTE AO PERÍODO DE JANEIRO A MARÇO DE 2010.
A presente nota explicativa apresenta o orçamento aprovado e a execução orçamentária e financeira do Fundo Nacional de Assistência Social, apurada pelo regime de caixa, de janeiro a março de 2010. O Fundo Nacional de Assistência Social, instituído pela Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS). Encontra-se em funcionamento desde 1996, e tem por objetivo prover recursos e meios para financiar o Benefício de Prestação Continuada e a Renda Mensal Vitalícia e apoiar serviços, programas e projetos da assistência social a cidadãos e grupos que se encontrem em situação de risco e vulnerabilidade social.
1. DO ORÇAMENTO APROVADO
A Lei nº 12.214, de 26 de janeiro de 2010 (Lei Orçamentária Anual), aprovou para o Fundo Nacional de Assistência Social o orçamento de R$ 24.004.001.722,00 (vinte quatro bilhões, quatro milhões, um mil e setecentos e vinte dois reais).
O orçamento de 2010 se subdivide em despesas obrigatórias e despesas discricionárias, conforme discriminado a seguir.
1.1. Despesas Obrigatórias
As despesas Obrigatórias são aquelas que constituem obrigações constitucionais e legais e não podem ser objeto de limitação de empenho (contingenciamento) e pagamento. No âmbito do FNAS, as despesas obrigatórias são compostas pelo Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC e pela Renda Mensal Vitalícia – RMV. O Benefício de Prestação Continuada (BPC), instituído pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela LOAS, pelo Decreto 6.214 de 26 de setembro de 2007 e pelo Decreto 6.564 de 19 de setembro de 2008. Compete ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, por intermédio da Secretaria Nacional de Assistência Social e do Fundo Nacional de Assistência Social, a implementação, a coordenação-geral, a regulação, o financiamento, o monitoramento e a avaliação da prestação dos benefícios.
A Renda Mensal Vitalícia, instituída pela Lei 6.179/74 e extinta a partir de janeiro de 1996, quando entrou em vigor a concessão do BPC, é mantida apenas para aqueles que já eram beneficiários quando da vigência do benefício, com base no princípio do direito adquirido.
A dotação aprovada para a execução das despesas obrigatórias tem participação expressiva, representando 93,11%, do orçamento geral aprovado para o Fundo Nacional de Assistência Social.
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Operações Especiais: Cumprimento de Sentenças Judiciais
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1.2. Despesas Discricionárias
As despesas discricionárias são aquelas em que o governo possui poder de deliberação sobre sua execução, conforme prioridades estabelecidas, e podem ser objeto de contingenciamento.
As despesas caracterizadas como discricionárias sob a operacionalização do FNAS em 2010 incluem os serviços socioassistenciais de caráter continuado, os projetos de estruturação da rede de serviços de proteção social básica e especial (que incluem emendas parlamentares e projetos sociais) e as ações de operacionalização do BPC e da RMV.
Devendo-se observar as diretrizes do Sistema Único da Assistência Social – SUAS e o princípio da descentralização político-administrativa, prevista no inciso I do art. 204 da Constituição e no inciso I do art. 5o da Lei nº 8.742 de 1993
O orçamento aprovado para o financiamento das despesas discricionárias (R$ 1.652.675.874) representa aproximadamente 6,89% do orçamento total aprovado para o Fundo Nacional de Assistência Social. O quadro seguinte discrimina o orçamento autorizado para as ações discricionárias sob execução orçamentária e financeira do FNAS.
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2. DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
2.1. Despesas Obrigatórias
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O orçamento do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC e da Renda Mensal Vitalícia – RMV é alocado no MDS, a quem compete a sua gestão, acompanhamento e avaliação. A operacionalização desses benefícios compete ao Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS.
A execução orçamentária e financeira do BPC e da RMV aqui apresentada corresponde, respectivamente, às descentralizações de créditos orçamentários e repasses de recursos financeiros feitos pelo Fundo Nacional de Assistência Social ao Instituto Nacional de Seguridade Social.
Quanto à execução orçamentária e financeira das Ações de Cumprimento de Sentenças Judiciais corresponde à descentralização do crédito orçamentário e repasse de recursos financeiros feitos automaticamente pela Secretaria de Orçamento Federal ao Tribunal Regional Federal.
2.2. Despesas Discricionárias
O quadro a seguir demonstra detalhadamente, por ação, o orçamento aprovado e a execução orçamentária e financeira correspondente às parcelas de janeiro e fevereiro, e ainda, o reconhecimento de dívida, no montante de R$ 132.843.776,33, referente à competência novembro e dezembro de 2009.
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Do total do orçamento aprovado foram empenhados R$ 324.908.804,00 (trezentos e vinte e quatro milhões, novecentos e oito mil e oitocentos e quatro reais) que representa um percentual de 19,67% em Despesas Discricionárias, sendo R$ 311.480.980,00 (trezentos e onze milhões, quatrocentos e oitenta mil e novecentos e oitenta reais) relativos aos Serviços Socioassistenciais, e R$ 13.370.715,00 (treze milhões, trezentos e setenta mil e setecentos e quinze reais) aos outros programas.
A execução financeira do FNAS foi de R$ 311.214.380,00 (trezentos e onze milhões, duzentos e quatorze mil e trezentos e oitenta reais) concernente aos Serviços Socioassistenciais, e R$ 9.870.715,00 (nove milhões, oitocentos e setenta mil e setecentos e quinze reais) aos outros programas, totalizando R$ 321.085.095,00 (trezentos e vinte um milhões, oitenta e cinco mil e noventa e cinco reais).
Ressalta-se que a 3ª parcela dos Serviços socioassistenciais, referente ao mês competência março, será empenhada no mês de abril, portanto as informações constarão no relatório de execução do segundo trimestre.
O FNAS é o responsável pela execução orçamentária e financeira dos recursos da Ação 8446 – Serviços de Apoio à Gestão Descentralizada ao Programa Bolsa Família-IGD, que são descentralizados pela Secretaria Nacional de Renda e Cidadania-SENARC, onde os recursos são alocados, para atendimento do Índice de Gestão Descentralizada aos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal. Dos recursos descentralizados pela referida Secretaria, no valor de R$ 48.040.144,00 (quarenta e oito milhões, quarenta mil e cento e quarenta reais), foram executados R$ 47.127.105,00 (quarenta e sete milhões, cento e vinte sete mil e cento e cinco reais), o que corresponde a um índice de execução de 98,10%.
A tabela abaixo apresenta os valores pagos por Ação até o dia 31 de Março de 2010, por região geográfica, apurado em regime de caixa, dos Serviços socioassistenciais de caráter continuado:
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Obs. O quadro acima é apenas ilustrativo, busca atender a demanda da Comissão de Financiamento do CNAS. Esclarecemos que a alocação dos recursos operacionalizados pelo FNAS é feita com base na TVS (taxa de vulnerabilidade social), indicadores sócios assistências, econômicos, incidência de trabalho infantil, incidência de exploração sexual, presença de equipamentos para atendimento a atenção básica e especial e outros. Os cálculos resultantes são submetidos à aprovação da CIT – Comissão Intergestora Tripartite, conforme dispõe a NOB-SUAS.
As tabelas abaixo demonstram os saldos de restos a pagar (RAP) inscritos, cancelados, pagos e a pagar.
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À consideração do Senhor Diretor Executivo do Fundo Nacional de Assistência Social.
Brasília, 31 de março de 2010.
DULCELENA ALVES VAZ MARTINS
Coordenadora-Geral de Execução Orçamentária e Financeira
De acordo.
FERNANDO ANTÔNIO BRANDÃO
Diretor Executivo do Fundo Nacional de Assistência Social
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA/2010 (Atualizado : 31/03/2010)
55.901 – FUNDO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
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Obs.:
I. Das despesas executadas foram empenhados como reconhecimento de dívida o montante de R$ 132.843.776,33 referente às parcelas de novembro e dezembro de 2009 II. Na Ação 2589 consta valores empenhados para o projeto BPC na escola.
*Este texto não substitui o publicado no DOU.