CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
RESOLUÇÃO Nº 66, DE 16 DE JULHO DE 2009
A PLENÁRIA DO CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CNAS, em reunião ordinária realizada nos dias 14, 15 e 16 de julho de 2009, no uso da competência que lhe conferem os incisos VIII e XIV do artigo 18 da Lei n.º 8.742 de 7 de dezembro de 1993 – Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, resolve:
Art. 1º – Aprovar o Relatório da Execução Orçamentária e Financeira do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), 1º Semestre de 2009, apresentado pela Diretoria Executiva do Fundo Nacional de Assistência Social (DEFNAS), da Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), planilha anexa.
Art. 2º – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
MARCIA MARIA BIONDI PINHEIRO
Presidente do Conselho
ANEXO
NOTA EXPLICATIVA
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA DO FUNDO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL REFERENTE AO PERÍODO DE JANEIRO A JUNHO DE 2009.
A presente nota explicativa apresenta o orçamento aprovado e a execução orçamentária e financeira do Fundo Nacional de Assistência Social, apurada pelo regime de caixa, de janeiro a junho de 2009. O Fundo Nacional de Assistência Social, instituído pela Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 (Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS). Encontra-se em funcionamento desde 1996, e tem por objetivo prover recursos e meios para financiar o Benefício de Prestação Continuada e a Renda Mensal Vitalícia e apoiar serviços, programas e projetos da assistência social a cidadãos e grupos que se encontrem em situação de risco e vulnerabilidade social.
1. DO ORÇAMENTO APROVADO
A Lei nº 11.897, de 30 de dezembro de 2008 (Lei Orçamentária Anual) e o decreto de 29 de janeiro de 2009 (créditos especiais) aprovaram para o Fundo Nacional de Assistência Social o orçamento de R$ 19.815.711.939,00 (dezenove bilhões, oitocentos e quinze milhões, setecentos e onze mil e novecentos e trinta e nove reais).
O orçamento de 2009 se subdivide em despesas obrigatórias e despesas discricionárias, conforme discriminado a seguir.
Despesas Obrigatórias
As despesas Obrigatórias são aquelas que constituem obrigações constitucionais e legais e não podem ser objeto de limitação de empenho (contingenciamento) e pagamento. No âmbito do FNAS, as despesas obrigatórias são compostas pelo Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC e pela Renda Mensal Vitalícia – RMV. O Benefício de Prestação Continuada (BPC), instituído pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela LOAS, pelo Decreto 6.214 de 26 de setembro de 2007 e pelo Decreto 6.564 de 19 de setembro de 2008. Compete ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, por intermédio da Secretaria Nacional de Assistência Social e do Fundo Nacional de Assistência Social, a implementação, a coordenação-geral, a regulação, o financiamento, o monitoramento e a avaliação da prestação dos benefícios.
A Renda Mensal Vitalícia, instituída pela Lei 6.179/74 e extinta a partir de janeiro de 1996, quando entrou em vigor a concessão do BPC, é mantida apenas para aqueles que já eram beneficiários quando da vigência do benefício, com base no princípio do direito adquirido.
A dotação aprovada para a execução das despesas obrigatórias tem participação expressiva, representando 93,60%, do orçamento geral aprovado para o Fundo Nacional de Assistência Social.
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Despesas Discricionárias
As despesas discricionárias são aquelas em que o governo possui poder de deliberação sobre sua execução, conforme prioridades estabelecidas, e podem ser objeto de contingenciamento.
As despesas caracterizadas como discricionárias sob a operacionalização do FNAS em 2009 incluem os serviços socioassistenciais de caráter continuado, os projetos de estruturação da rede de serviços de proteção social básica e especial (que incluem emendas parlamentares e projetos sociais) e as ações de operacionalização do BPC e da RMV.
Devendo-se observar as diretrizes do Sistema Único da Assistência Social – SUAS e o princípio da descentralização político-administrativa, prevista no inciso I do art. 204 da Constituição e no inciso I do art. 5o da Lei nº 8.742 de 1993
O orçamento aprovado para o financiamento das despesas discricionárias (R$ 1.267.244.063) representa aproximadamente 6,40% do orçamento total aprovado para o Fundo Nacional de Assistência Social. O quadro seguinte discrimina o orçamento autorizado para as ações discricionárias sob execução orçamentária e financeira do FNAS.
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2. DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
2.1 Despesas Obrigatórias
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O orçamento do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC e da Renda Mensal Vitalícia – RMV é alocado no MDS, a quem compete a sua gestão, acompanhamento e avaliação. A operacionalização desses benefícios compete ao Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS.
A execução orçamentária e financeira do BPC e da RMV aqui apresentada corresponde, respectivamente, às descentralizações de créditos orçamentários e repasses de recursos financeiros feitos pelo Fundo Nacional de Assistência Social ao Instituto Nacional de Seguridade Social.
2.2 Despesas Discricionárias
O quadro a seguir demonstra detalhadamente, por ação, o orçamento aprovado e a execução orçamentária e financeira executada até 30 de junho de 2009. O reconhecimento de dívida, no montante de R$ 101.180.971,22 refere-se à competência dezembro de 2008.
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Do total do orçamento aprovado foram empenhados R$ 649.359.698,00 (seiscentos e quarenta e nove milhões, trezentos e cinqüenta e nove mil e seiscentos e noventa e oito reais) que representa um percentual de 51,24% em Despesas Discricionárias, sendo R$ 641.167.305,00 (seiscentos e quarenta um milhões, cento e sessenta e sete mil e trezentos e cinco reais) relativos aos Serviços Socioassistenciais, e R$ 8.192.393,00 (oito milhões, cento e noventa e dois mil, trezentos e noventa e três reais) aos outros programas.
A execução financeira do FNAS foi de R$ 640.995.612,00 (seiscentos e quarenta milhões, novecentos e noventa e cinco mil e seiscentos e doze reais) concernente aos Serviços Socioassistenciais, e R$ 6.624.811,00 (seis milhões, seiscentos e vinte quatro mil e oitocentos e onze reais) aos outros programas, totalizando R$ 647.620.423,00 (seiscentos e quarenta e sete milhões, seiscentos e vinte mil e quatrocentos e vinte e três reais).
O elevado percentual de execução das ações 2A65 (89,52%), e 2A69 (82,72%) justifica-se pelo fato do orçamento aprovado ser inferior aos recursos necessários para o co-financiamento das doze parcelas no exercício, o que ensejou a solicitação de crédito suplementar à dotação autorizada que se encontra em tramitação.
O FNAS é o responsável pela execução orçamentária e financeira dos recursos da Ação 8446 – Serviços de Apoio à Gestão Descentralizada ao Programa Bolsa Família-IGD, que são descentralizados pela Secretaria Nacional de Renda e Cidadania-SENARC, onde os recursos são alocados, para atendimento do Índice de Gestão Descentralizada aos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal. Dos recursos descentralizados pela referida Secretaria, no valor de R$ 102.171.056,00 (Cento e dois milhões, centos e setenta e um mil e cinqüenta e seis reais), foram executados R$ 102.171.056,00 (Cento e dois milhões, centos e setenta e um mil e cinqüenta e seis reais), o que corresponde a um índice de execução de 100%.
A tabela abaixo apresenta os valores pagos por Ação até o dia 30 de junho de 2009, por região geográfica, apurado em regime de caixa, dos Serviços socioassistenciais de caráter continuado:
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Obs. O quadro acima é apenas ilustrativo, busca atender a demanda da Comissão de Financiamento do CNAS. Esclarecemos que a alocação dos recursos operacionalizados pelo FNAS é feita com base na TVS (taxa de vulnerabilidade social), indicadores sócios assistências, econômicos, incidência de trabalho infantil, incidência de exploração sexual, presença de equipamentos para atendimento a atenção básica e especial e outros. Os cálculos resultantes são submetidos à aprovação da CIT – Comissão Intergestora Tripartite, conforme dispõe a NOB-SUAS.
A tabela abaixo demonstra os saldos de restos a pagar (RAP) inscritos. Ressalta-se que esses são referentes aos exercícios de 2002 a 2008.
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À consideração do Senhor Diretor Executivo do Fundo Nacional de Assistência Social.
Brasília, 30 de junho de 2009.
DULCELENA ALVES VAZ MARTINS
Coordenadora-Geral de Execução Orçamentária e Financeira
De acordo. Encaminhe-se ao Conselho Nacional de Assistência Social para apreciação.
FERNANDO ANTÔNIO BRANDÃO
Diretor Executivo do Fundo Nacional de Assistência Social
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
EXERCÍCIO – 2009
55.901 – FUNDO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
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Obs.:
(*) E.P. = Emendas Parlamentares
Atualizado: 30/06/2009
I. Das despesas executadas foram empenhados como reconhecimento de dívida o montante de R$ 101.180.971,22 referente à parcela de dezembro de 2008. II. Na Ação 2589 consta valores empenhados para o projeto BPC na escola.
*Este texto não substitui o publicado no DOU.